12 agosto 2013

Inferno - Dan Brown (2013)

O prazer que me dá começar o Verão com um novo livro do Dan Brown!
Sim, é sempre a mesma coisa. Sim, não é nenhum génio literário. Sim, blábláblá. Quero lá saber! É viciante e leva-nos a viajar a uma velocidade alucinante. Com que outros livros me ponho grudada ao Google a pesquisar todas as referências que surgem no enredo? Se ganhasse o euromilhões partia de imediato para Florença, Veneza e Istambul para cuscar tudo.

Além das cidades, pintores e monumentos escolhidos, gostei do tema central que motivou algumas conversas interessantes com amigos.
Já o imagino a escrever o próximo thriller inspirado em Lisboa, revelando segredos milenares desde sempre escondidos nos claustros dos Jerónimos e com uma miúda gira do Centro Champalimaud  a ajudar o Robert Landgon.

Gosto também dos pequenos "doces" com que Brown presenteia os seus leitores e questiono-me se muitos me terão escapado por entre tantas estrelas.

09 agosto 2013

A Viúva Grávida - História Interior - Martin Amis (2010)

Não sei porque raio é que demorei tanto tempo a escrever sobre este livro já que acabei de o ler há mais de um mês. Também não sei bem se gostei ou não. Por isso, como estão a ver, não vai ser fácil.

Isto foi o que eu escrevi sobre "A Viúva Grávida", quando o comecei a ler, em Agosto de 2012:
"Bastou-me ler o primeiro capítulo para me deslumbrar com a escrita de Martin Amis. Tenho de me render às evidências de ele ser um génio literário atual."

Pois bem, passadas mais de 500 páginas, tenho dúvidas sobre a frase anterior. É verdade que no início gostei muito do livro, achei piada à forma "precoce" como o autor gosta de descrever uma dada situação, não me cansei de o ler (apesar de ter feito pausas enormes) mas no fim estava completamente irritada, com a sensação de que metade do ambiente me passou ao lado. 

E para não sofrer mais com este exercício cansativo em tentar perceber o significado deste livro para mim, deixo-vos com umas linhas, para ver se vos seduz, ou não:
"... Ele adquirira uma certa compreensão disso, por esta altura - desta coisa de nos atirarmos às raparigas. Estava-se a sós num quarto com a desejada. E então formavam-se dois futuros.
O primeiro futuro, o futuro da inércia e da inacção, já era grosseiramente familiar: era tal e qual como o presente. Era o diabo que já se conhecia.
O segundo futuro era o diabo acerca do qual nada se sabia. E era um gigante, com pernas da altura de campanários, e braços da grossura de mastros, e olhos que fuzilavam e queimavam como horrendas jóias.
Era o nosso corpo que decidia. E ele estava sempre a aguardar as suas instruções. Sobre o tapete espesso ele sentava-se com a desejada,  quando cada jogo atingia o seu clímax punham-se os dois de joelhos, com os rostos somente separados pelo hálito." (p.163)