25 dezembro 2011

O amante é sempre o último a saber - Rui Zink (2011)

Tudo o que temos de referências do Japão, está lá - Murakami, karaté, Lost in Translation, karaoke, a história do arigato, etc. - tudo o que conhecemos do Zink também está lá - interrupções na narrativa para comentário do escritor para o leitor, os trocadilhos, as referências subtis (ou não) - mas a verdade é que não gostei e foi uma verdadeira desilusão depois do muito amado Destino Turístico.

Acho que me fartei, enfim é a vida, mas com alguma tristeza. Até que a ideia central do livro tem uma ponta de interesse, mas não desenrolou... e agora olho ansiosamente para a estante, na procura da escolha perfeita para o próximo livro... e fico com a ligeira sensação que foi precisamente na página que a seguir transcrevo, que o Rui Zink perdeu uma fã:

"Tano ficara calado. Como se diz em gíria? Com um melão. Um ganda melão.
Um ganda enorme melão. Um ganda melão que poderia até ganhar um prémio num concurso agrícola para os maiores e mais belos e mais amarelos gandas melões." (p.55)

Quanto ao título, ultrapassa-me a compreensão de uma razão para a escolha do mesmo.
Boas festas!